O Parlamento Europeu debateu hoje em Bruxelas o combate ao terrorismo.
Carlos Coelho, Membro da Comissão das Liberdades, Justiça e Assuntos Internos, foi claro: "Não me oferece dúvidas que temos de combater o terrorismo que ameaça cidadãos inocentes e pretende subverter os nossos valores e as nossas sociedades", mas lembrou que "ao fazê-lo temos de rejeitar leituras simplistas e discursos políticos demagógicos". Exemplificando que "Não é verdade que se possa associar acriticamente terrorismo com emigração. Parte dos terroristas como se viu agora em Paris, mas já se viu no passado em Espanha e na Irlanda, são cidadãos Europeus. Não é verdade que precisemos de novos instrumentos e novas leis, minando a privacidade dos Europeus".
Por isso, Carlos Coelho afirmou que a solução passa por "tirar partido dos instrumentos que já possuímos, optimizando a cooperação judicial e policial (incluindo a partilha de informação produzida pelos serviços secretos), sermos eficazes no combate ao tráfico de armas e pôr em prática, sem demoras, o novo Sistema de Avaliação de Schengen".
O Deputado concluiu sublinhando que "Temos de identificar os problemas e resolvê-los. Clamar por mais medidas securitárias e diminuir as liberdades é ceder vitória aos terroristas. É inaceitável e não podemos deixar de condenar as formas de fazer política explorando o medo e o sentimento de insegurança".