A Presidência portuguesa

30 de Dezembro, 1999
Durante 6 meses, Portugal irá ocupar, pela segunda vez na sua História, a Presidência do Conselho da União Europeia.

A primeira vez, fê-lo com o Primeiro Ministro Cavaco Silva, esta segunda fá-lo-á com António Guterres.

A presidência não pode nem deve servir para alimentar vaidades pessoais, ajudar carreiras internacionais ou justificar protagonismos mais ou menos espúrios.

Deve:

— permitir projectar o País e a sua cultura (quer face aos seus parceiros na UE, quer para o exterior),

— prestigiar as nossas instituições e a nossa Administração no esforço de ajudar a construir uma Europa mais desenvolvida e mais justa,

— e deve permitir, a quem decide, exercer o poder que tem, tendo presente os interesses nacionais.

É por estes parâmetros — essencialmente por estes — que se mede a eficácia da presidência portuguesa.

Em 1992 fizemo-lo bem.

Fazemos votos sinceros que no 1º semestre de 2000 o actual Governo saiba estar à altura dessa herança de prestígio e de eficácia.