No pós-11 de Setembro: mais segurança e mais Europa
Duas realidades
emergiram do pós-11 de Setembro: O reforço das preocupações públicas com a
segurança e a relevância
da cooperação internacional.
O 11 de Setembro
colocou na ordem do dia o problema do terrorismo internacional e a necessidade
de reforçar a segurança.
Em bom rigor, a Europa não ignorava a realidade do
terrorismo mas situava-o no limite estrito dos países ou
regiões onde ele se produzia: Espanha, Irlanda do Norte,
Alemanha e Itália são, entre outros, exemplos onde o terrorismo
era um "problema local".
O 11 de Setembro
(e mais tarde o 11 de Março em Madrid) trouxe uma outra dimensão
da ameaça terrorista identificando-a como uma ameaça global por influência do islamismo radical.
Associado a essa
percepção de uma ameaça real existe uma correspondente
necessidade de reforçar e assegurar a segurança dos nossos cidadãos. Isso
obriga-nos, no entanto, a sublinhar que todo o esforço deve ser
produzido no âmbito do Estado de
Direito e respeitando os direitos humanos.
A guerra contra o
terrorismo não pode levar-nos a aceitar a detenção
irregular de meros suspeitos, a sua subtracção à
justiça, o seu envio pela calada para destinos obscuros ou a sua
sujeição a práticas de tortura condenadas pelo direito
internacional e pelo direito nacional dos países desenvolvidos.
Em segundo lugar,
o 11 de Setembro reforçou a
necessidade da cooperação internacional. É
hoje claro para a maior parte dos observadores que o combate contra o
terrorismo tal como o combate contra a criminalidade internacional organizada
ultrapassa os meios que, em cada Estado, dispõem os Governos e os
aparelhos judiciários e policiais.
O então
Comissário António
Vitorino sentiu de forma especial essa realidade quando grande parte das medidas
que propôs no âmbito da criação de um Espaço
europeu de Liberdade, Segurança e Justiça (e que jaziam na mesa
do Conselho Europeu) só foram aprovadas no pós-11de Setembro
quando os Governos dos Estados-Membros perceberam a imperiosa necessidade da
cooperação internacional. O caso mais mediático
terá sido porventura a aprovação do Mandado de Captura
europeu.
E essa é,
talvez, uma das consequências menos percebida do 11 de Setembro, o
contributo de aguilhão pela construção da Europa comum da Liberdade, da
Segurança e da Justiça.
E reforça
a urgência de medidas actualmente em preparação ao
nível europeu como é o caso do SIS-II. A segunda geração do Sistema de Informações
de Schengen deve ser rapidamente implementado. É
essencial que asseguremos o controlo das fronteiras externas da União e
que os Estados reunidos pelos Acordos de Schengen
partilhem os dados que permitam assegurar um alto nível de
segurança nas nossas fronteiras externas e um combate eficaz à
criminalidade.
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