Orçamento para 2001: Carlos Costa Neves critica insuficiência de verbas e atrasos em pagamentos

Na Sessão Plenária de Estrasburgo, o Deputado português Carlos Costa Neves (Relator-Sombra do PPE para o dossier orçamental) considerou estarem reunidas as condições para que o Parlamento aprove a versão final do Orçamento para 2001: "Com a votação que se seguirá a este debate, termina o longo e complexo processo de aprovação do Orçamento da U.E. para 2001. Fruto de intensas negociações, de sucessivos compromissos, entre as várias instituições estão reunidas razoáveis condições para a sua aprovação".

O Deputado social-democrata dirigiu, porém algumas críticas à Comissão e ao Conselho e designadamente, sublinhou os seguintes "aspectos negativos":

· O Orçamento representa , em dotações de pagamento, apenas 1,056 % do PNB comunitário. Nas Perspectivas Financeiras previa-se, para 2001, 1.11%, para já não falar nos 1.27% que se referenciava há alguns anos…

· Continua por assumir a multianualidade de programas do domínio da Cooperação Externa;

· A diferença entre compromissos e pagamentos continua a crescer, alguns projectos a ser pouco e mal executados, há pagamentos com demoras injustificadas e insustentáveis, o Parlamento tem sido confrontado com sucessivos actos consumados com implicação orçamental ".

Se quanto aos primeiros aspectos, Carlos Costa Neves não antevê rápida solução, já quanto ao último disse que: "algumas das situações descritas têm de mudar rapidamente".