Este relatório prevê que seja incorporada no Regimento do Parlamento Europeu uma nova regra sobre a utilização pelo PE dos símbolos da União. Esta norma, que entrará amanhã em vigor, estipula que a bandeira seja hasteada em todos os edifícios do PE, nas salas de reunião e nos actos oficiais, que o hino seja interpretado nas sessões constitutivas e noutras sessões solenes e que o lema "Unida na diversidade" seja reproduzido nos documentos oficiais do PE.
Na sua intervenção, a Deputada do PSD fez alusão à sessão solene do dia anterior, declarando que "o hino da Europa poderia ter-se juntado às lágrimas de Ingrid Betancourt."
Segundo Assunção Esteves, o hino "culminaria o grito de uma partilha colectiva de memória e de vontade. Nenhum projecto humano prescinde de uma dimensão simbólica. Desde a força das palavras com que daqui governamos os povos da Europa, aos rituais da representação política que nos sentam à esquerda e à direita na dialéctica do debate parlamentar. Não há história sem símbolos!", lembrou a Deputada.
Na sua opinião, "as palavras, a bandeira, o hino, o lema: o projecto universal da Europa não pode forjar-se no imaginário colectivo sem a química dos símbolos." Para Assunção Esteves, os símbolos designam "não apenas o mundo que está, mas o mundo que queremos ter. Eles ligam razão e emoção, o mais profundo que há em nós. O seu valor vem do processo de identidade que desencadeiam."
"Como pode o projecto gigantesco da Europa, assente no valor transcendental da dignidade humana, virado ao mundo, liderante nos direitos, prescindir de uma dimensão simbólica?" questionou a Deputada.
A terminar, Assunção Esteves lembrou que "o pensamento europeu deixa-nos um imenso registo sobre o significado dos símbolos. A política não o pode ignorar. Se é política e não burocracia. Porque a política transporta consigo todas as manifestações do humano no que ele tem também de ideal e sublime."