Carlos Coelho defende melhor abordagem das catástrofes naturais

O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, o relatório Ferreira sobre a Comunicação da Comissão: Abordagem comunitária sobre a prevenção de catástrofes naturais provocadas pelo Homem.

 

Durante as últimas décadas, tem-se registado na UE um aumento acentuado do número e gravidade de catástrofes tanto naturais, como provocadas pelo Homem. Segundo dados da ONU, essa vulnerabilidade tem tendência para crescer devido a diversos factores (alterações climáticas, uso intensivo dos solos, desenvolvimento industrial e urbano, etc).

 

Carlos Coelho recordou que "existem já diversos instrumentos comunitários destinados a contemplar vários aspectos da prevenção. No entanto, têm-se revelado insuficientes, acrescendo que o nível de implementação não é por vezes o mais desejado, o que põe em causa a aplicação de uma verdadeira abordagem estratégica da União para a prevenção de catástrofes."

 

O social-democrata defendeu que "embora caiba aos Estados-Membros, em primeiro lugar, a responsabilidade pela protecção da sua população e prevenção de catástrofes, tratam-se de fenómenos que não respeitam fronteiras nacionais e têm, na maior parte dos casos, uma dimensão transnacional. Como tal, é fundamental que se fomente uma abordagem eficaz a nível europeu, assente na solidariedade."

 

 

"Não tenho dúvidas que uma abordagem proactiva trará resultados mais eficazes e menos dispendiosos do que uma estratégia apenas de reacção às catástrofes ".

 

Ao terminar Carlos Coelho referiu esperar que "seja dada especial atenção à questão do aumento das migrações forçadas provenientes de zonas afectadas pela degradação ambiental, em que este tipo de "refugiados"deverá beneficiar de protecção e de ajuda para a sua reinstalação."