O Parlamento Europeu está preocupado com os problemas que se têm verificado no espaço Schengen e com o multiplicar de decisões que prejudicam gravemente a liberdade de circulação.
Um estudo hoje apresentado pelo Parlamento sublinha que Schengen é a conquista do Projeto Europeu mais acarinhada pelos Europeus, que a criminalidade diminui após a abolição de fronteiras, que a reintrodução de fronteiras internas poderia custar cerca de quatro mil milhões anualmente e ter um impacto imediato de mais de 20 mil milhões.
O Parlamento Europeu decidiu assim aprovar a criação de uma Task Force na Comissão LIBE, que será presidida pelo Deputado Carlos Coelho. Este grupo terá acesso às informações confidenciais do Mecanismo de Avaliação Schengen que analisa as fragilidades das fronteiras externas à luz das regras comunitárias.
Carlos Coelho lembrou que “no mandato anterior conseguimos garantir que o Parlamento Europeu tinha acesso a documentos de especial sensibilidade como as falhas nas fronteiras dos Estados-Membros, nos seus sistemas de informação ou na sua proteção de dados, garantindo assim o escrutínio democrático e uma decisão informada ”.
O Deputado do PSD considera que "se a Grécia não tem condições de controlar as suas fronteiras nem os refugiados que deixa entrar ou a França não está a utilizar corretamente o Sistema de Informação de Schengen, nomeadamente no combate ao terrorismo, temos de identificar o que não funciona ou funciona mal. Só assim poderemos agir e resolver adequadamente os problemas".
Na qualidade de Presidente da Task Force, coube a Carlos Coelho o balanço final da Audição sobre Schengen que hoje teve lugar no Parlamento Europeu e em que intervieram, entre outros, o Comissário para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, o Ministro da Administração Interna eslovaco, Robert Kali?ák e o Diretor Executivo da nova Guarda Europeia de Fronteiras e Costeira, Fabrice Leggeri.