A Comissão Europeia lançou recentemente um Livro Verde intitulado “Adaptação às alterações climáticas na Europa – possibilidades de acção da União Europeia.” Este dossier, submetido à apreciação da Comissão Parlamentar das Pescas, suscitou por parte do Deputado Europeu do PSD, Duarte Freitas, algumas preocupações que o mesmo expressou através de um conjunto de propostas que pretendem “ajudar a combater aquele que será certamente um dos maiores flagelos do século XXI”.
Duarte Freitas recordou que “o Grupo de Peritos Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (IPCC), que reúne investigadores de todo o Mundo, avaliou o impacto das alterações climáticas e concluiu que cerca de 20-30% das espécies vegetais e animais acabarão por ficar à beira da extinção se a subida da temperatura média da atmosfera ultrapassar o intervalo estimado de 1,5-2,5ºC.”
Objectivando em particular as repercussões que as alterações climáticas podem ter no meio marinho, Duarte Freitas chamou a atenção para o facto de as alterações de alguns parâmetros físico-químicos da água como a diminuição do pH (e consequente acidificação dos Oceanos) e a subida da temperatura média da água do mar (a temperatura das águas de superfície aumentou cerca de 1,5ºC nos últimos 60 anos), poderem provocar “mutações importantes na dinâmica populacional marinha o que, inevitavelmente, ditará modificações profundas na disponibilidade e distribuição geográfica dos recursos haliêuticos, com consequências que podem ser desastrosas, quer sob o ponto de vista ecossistémico, quer sob o ponto de vista social e económico para comunidades costeiras fortemente dependentes do sector da Pesca, como é aliás o caso em diversas regiões de Portugal Continental e Insular ”
O Deputado Europeu do PSD considerou ainda que o “combate das alterações climáticas devem ser uma prioridade estratégica da União Europeia” e que “é necessário um forte investimento na investigação científica que permita juntar esforços e recursos de diversos países europeus.”
Para Duarte Freitas “é fundamental adoptar sinergias para a cooperação e coordenação entre regiões costeiras dos diferentes Estados Membros.”