Na sua intervenção, a Deputada do PSD considerou que a Conferência de Copenhaga terminou com um resultado "longe do esperado. Os países membros da Convenção "tomaram nota" de um documento cujos objectivos são pouco claros e não vinculativos. Copenhaga representou muito mais do que uma Cimeira do Clima. Jogou-se aí uma nova correlação de forças a nível mundial e o papel do multilateralismo do sistema da ONU. "
Na sua opinião, foi notória a "influência crescente dos países emergentes. A Conferência de Copenhaga mostrou que é preciso repensar o papel da Europa no Mundo. Será necessário utilizar as possibilidades oferecidas pelo Tratado de Lisboa para preparar o caminho até à próxima COP, na cidade do México: com ambição, falando a uma só voz, fazendo alianças estratégicas."
Para a Deputada portuguesa, o resultado de Copenhaga fornece uma "base para a continuação dos trabalhos" e a UE deverá procurar garantir que os próximos passos das negociações "desenvolvam o Acordo de Copenhaga com vista a alcançar um acordo juridicamente vinculativo até ao fim de 2010. Deverá ainda contribuir para a implementação das disposições relativas ao financiamento aos países em desenvolvimento, às florestas, à transferência de tecnologia e às medidas de adaptação." A terminar, Maria da Graça Carvalho lembrou que, a nível interno, a Europa também tem uma "tarefa grande pela frente: implementar o pacote "energia e clima"; investir nas tecnologias limpas, na investigação científica e na eficiência energética; apostar numa nova política industrial baseada na eficiência dos recursos naturais e na inovação; promover uma política de cidades de baixo carbono, de transportes e mobilidade sustentável. Só assim será possível liderar, pois a verdadeira liderança baseia-se no exemplo."