Na primeira sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) a ter lugar durante a Presidência Portuguesa da UE e que contou com a presença do Primeiro-Ministro português José Sócrates e do Presidente da Comissão Europeia Durão Barroso, para debater com os Eurodeputados a Agenda da Presidência, o Deputado João de Deus Pinheiro, Vice-Presidente do PPE-DE o maior grupo político do PE, participou no debate e iniciou a sua intervenção assinalando a "grande expectativa e simpatia de todas as bancadas deste Parlamento" para com a Presidência portuguesa graças, segundo o Deputado português ao "tom decidido e firmeza do Primeiro-Ministro ao rejeitar qualquer entorse ao que ficou decidido no Conselho Europeu de Junho".
Estratégia de Lisboa
Referindo-se à Estratégia de Lisboa, João de Deus Pinheiro, à semelhança do que já anteriormente dissera, voltou a insistir que a esta padece de "um pecado original" pois o "modelo intergovernamental não chega" devendo ser a Comissão Europeia a assumir "o papel de Pivot desta estratégia".
Assinalando os avanços que a Estratégia tem conseguido na sequência da renovação que foi levada a cabo pela Comissão Barroso, o Deputado português defendeu um novo ciclo para 2008 "outorgando à Comissão mais poderes e mais responsabilidades" dotando a Estratégia de Lisboa de "uma agenda mais ambiciosa, com menos burocracia e que garanta maior investimento e mais competitividade".
Relações Externas
João de Deus Pinheiro assinalou o "êxito inequívoco" da Cimeira UE-Brasil o que na sua opinião constituiu uma "entrada com o pé direito" da Presidência Portuguesa. Relativamente à Cimeira UE-África o Vice-Presidente do PPE afirmou que a Europa e África "não podem ficar reféns do senhor Mugabe" anunciando de seguida o seu apoio à realização desta Cimeira que tem vindo a levantar alguma polémica. Sobre as Relações com a Rússia, João de Deus Pinheiro registou a coragem do Primeiro-Ministro português quando este se deslocou à Rússia num período difícil das relações com a UE. De seguida pediu a José Sócrates para "persuadir os seus colegas a engajar a Rússia na solução dos problemas comuns" pois a Rússia deve ser "parte da solução e não do problema".
João de Deus Pinheiro terminou a sua intervenção desejando os "maiores sucessos" e o seu apoio à Presidência portuguesa.