João de Deus Pinheiro intervém no debate sobre a apresentação do Programa da Presidência Finlandesa da UE

Na sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer em Estrasburgo, João de Deus Pinheiro, Vice-Presidente do Grupo PPE, interveio no debate que se seguiu à apresentação do Programa da Presidência finlandesa da União Europeia que contou com a presença do Primeiro-Ministro finlandês e que actualmente preside ao Conselho, Matti Vanhanen e ainda com o Presidente da Comissão José Manuel Barroso.

Na sua intervenção, João de Deus Pinheiro registou com agrado a visão do Primeiro-Ministro finlandês para os próximos seis meses da UE, uma abordagem ambiciosa, assente "num programa claro, pragmático e credível, o que não tem sido o caso em todas as presidências e penso que tem entre as suas prioridades algumas que nos parecem essenciais, entre elas a questão russa e a energia."

Quanto ao relacionamento entre a UE e a Rússia, o Vice -Presidente do PPE afirmou que "não basta negociar com a Rússia apenas na questão da energia. A Federação Russa é um parceiro demasiado importante que é preciso envolver nos diversos assuntos internacionais. Dessa maneira, poderemos em paralelo influenciar a situação dos direitos humanos e da democracia nesse grande país."

Também sobre a intervenção do Primeiro-Ministro finlandês, João de Deus Pinheiro salientou que "uma outra prioridade que apresenta, e com a qual concordamos, é a Europa dos resultados, na qual o Presidente da Comissão tem insistido e pela qual se tem batido, não obstante as dificuldades da Constituição.

"Mas a Europa dos resultados tem muito a ver com crescimento e emprego e é preciso que se diga que o método intergovernamental que se tem seguido para a Estratégia de Lisboa tem gerado resultados decepcionantes e medíocres.

Mais uma vez, João de Deus Pinheiro voltou a lembrar que "É preciso dar responsabilidades e os meios adequados à Comissão para que esta defina um "road-map" para que possamos crescer, para que possamos ter mais emprego, tal como fizemos para o mercado interno e para a moeda única. Aquilo que temos agora não serve e cada vez mais será uma decepção para os nossos cidadãos. "