Jorge Moreira da Silva, Deputado do PSD ao Parlamento Europeu, defendeu hoje, em Estrasburgo, a "criação de um Programa Europeu de Redução das Emissões de Gases com Efeito de Estufa, que apoie e financie acções no âmbito da eficiência energética e da promoção das energias renováveis. Um programa que demonstre que, ao contrário do que muitos nos querem fazer crer, a aposta na Energia Nuclear pode ser o caminho mais fácil mas não é definitivamente o caminho mais correcto".
Jorge Moreira da Silva, que interveio num debate no Plenário do Parlamento Europeu sobre as Alterações Climáticas, defendeu ainda a "instituição de instrumentos financeiros que permitam a introdução de taxas CO2/energia em todos os países da União Europeia e uma grande Campanha Europeia de Sensibilização da população e, em particular, dos agentes económicos, para a urgente alteração de práticas e comportamentos quotidianos, em matéria de consumo e de produção de energia".
Para o Deputado português, "sete anos depois do Rio e dois anos depois de Quioto, o dossier das Alterações Climáticas vive hoje um momento crítico, mas este é precisamente o tempo de agir. É verdade, acrescentou, que, para esta situação, muito tem contribuído a hipocrisia dos Estados Unidos da América, que sendo quem mais emite gases com efeito de estufa é quem menos tem vontade de ratificar, até 2002, o protocolo de Quioto. Mas, manda a mesma verdade que se diga que a própria Europa pouco ou nada tem feito para alcançar os objectivos fixados".
Para Jorge Moreira da Silva "não precisamos de esperar pelos Estados Unidos; até porque é cada vez maior a probabilidade de termos de avançar para a aplicação do Protocolo de Quioto, depois de 2002, sem aquele país".