O Parlamento Europeu debateu hoje a Agenda para a Migração, apresentada pela Comissão Europeia no Parlamento.
Carlos Coelho, considerou que "a Comissão começou mal com o Programa de Acção dos 10 pontos mas corrigiu a sua abordagem e a Agenda para a Migração é um documento exequível, multifacetado e que reforça a solidariedade europeia." Acrescentando que não só "inclui medidas dirigidas à raiz dos problemas e à necessidade de articular respostas nos países de origem.", mas também "as medidas - muito necessárias - de resposta à emergência humanitária, à solidariedade no mar à e solidariedade em terra".
O Social-democrata, responsável pelo regulamento que colocou como prioridade às operações marítimas da Frontex salvar vidas, notou ainda que: "a activação da cláusula do artigo 78 e o reforço - que há muito defendo - das operações Poseidon e Triton são positivas!" Tendo dúvidas porém sobre se "abater os barcos preventivamente em território líbio seja eficaz e seguro para os refugiados".
O Deputado lembrou ainda o papel dos Estados-Membros neste processo "Infelizmente dependemos da vontade dos Estados-Membros. Os mesmos que até aqui têm falhado. Por isso renovo o meu apelo para que disponibilizem meios que permitam salvar vidas, que permitam ir para lá das 30 milhas náuticas, que ajudem os Estados-Membros que na linha da frente acolhem as pessoas que fogem." Concluiu referindo que "a falta de vontade política dos Estados-Membros impede-nos de agir de forma eficaz e projecta a imagem que nada fazemos porque os Estados-Membros nada querem fazer."