O Deputado do PSD Carlos Coelho defendeu, em Estrasburgo, num debate sobre os fogos florestais deste Verão, que "são necessários melhores meios quer na prevenção, quer na articulação europeia da protecção civil e na cooperação para a utilização de meios pesados.
Sabemos, afirmou Carlos Coelho, que há causas ambientais, ligadas às mudanças climáticas e ao aquecimento global. É um facto que as temperaturas médias sobem e que os dias com altas temperaturas e baixas taxas de humidade sobem. Sabemos que houve, em vários casos, mão criminosa na origem destas tragédias. Mas, frequentemente, a expressão catastrófica dos incêndios e da destruição resulta da falta de meios de prevenção e de meios de combate às chamas ".
Carlos Coelho recordou que "o Parlamento Europeu, quando foi debatido o programa Forest Focus, impôs a inclusão da prevenção dos fogos florestais, mas é hoje evidente que são precisos mais meios e mais fundos. A importância da floresta mediterrânica para a economia regional e local, para a criação de empregos, para a salvaguarda do território, para a diversidade biológica e para a qualidade de vida torna-a, de facto, necessária".
O Deputado social democrata disse ainda que se "os fogos que se fizeram sentir este ano não foram tão trágicos como os que se verificaram o ano passado, isso decorreu do facto de no ano passado cerca de 11% do território florestal português ter sido destruído. Não pode arder o que ardido está. Parte relevante do património florestal da Europa não pode destruir-se todos os anos com total impunidade".
Salientando que "foi sentida a ajuda de emergência que o Parlamento Europeu aprovou no ano passado e que ajudou a reforçar os meios que o Governo disponibilizou para o efeito, Carlos Coelho destacou a dedicação dos bombeiros e das populações que, com actos de coragem, de generosidade e de heroísmo, provam que nas tragédias, em que por vezes se revela o pior que o Homem tem, há também muitas pessoas que revelam aquilo que o Homem tem de melhor".