Silva Peneda critica relatório sobre situação social na União Europeia

O Deputado do PSD José Silva Peneda criticou hoje, em Estrasburgo, um relatório sobre a situação social na Europa por "distorcer a realidade de uma forma ostensiva" e por ser "um relatório desequilibrado".

No debate em Plenário do Parlamento Europeu dum relatório sobre a situação social na União Europeia, Silva Peneda afirmou que o texto do relatório "enfatiza todos os aspectos negativos, que nós reconhecemos que ainda subsistem, em termos de exclusão social, de desemprego e da existência de manchas de pobreza. Mas, ao mesmo tempo, o texto ignora deliberadamente todos os aspectos referidos pela Comissão, onde esta sublinha os aspectos positivos que também se podem identificar na evolução da situação social na Europa".

Silva Peneda referiu concretamente cinco omissões que considerou graves:

" Primeira. É omitido que, durante a última década, a maioria dos vinte e cinco Estados Membros registaram progressos no emprego, no crescimento do produto e na coesão.

Segunda . É propositadamente omitida a afirmação da Comissão que aponta como causa principal dos problemas sociais em oito dos novos dez Estados Membros, os regimes totalitários que aí vigoraram.

Terceira . Não há uma única palavra sobre as oportunidades que se abrem aos Novos Estados Membros com a adesão à União Europeia.

Quarta . O relatório ignora toda a complexidade que resulta do fenómeno da globalização.

Quinta . O relatório insiste na visão, a nosso ver errada, de que o dinamismo económico é inimigo do desenvolvimento social ".

O Deputado social democrata defendeu "que o dinamismo económico, a estabilidade dos preços e a redução de custos não são inimigos, mas sim aliados do desenvolvimento do modelo social europeu".

Silva Peneda considerou ainda que o texto do relatório "enferma de uma visão muito redutora da realidade social europeia, com laivos de demagogia" tendo apontado como sintomático da influência ideológica que enforma o relatório "o facto de, em nenhum momento, ser reconhecida a superioridade provada da economia social de mercado, em relação a modelos de economia planificada"