Silva Peneda defende que os Estados Membros devem empenhar-se nas reformas de que a União necessita

O Deputado do PSD José Silva Peneda defendeu no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que "as reformas necessárias para a Europa não podem ser vistas como uma tarefa exclusiva da Comissão. Sendo essa uma condição necessária, e já preenchida, não é suficiente. Tenho para mim, acrescentou, que o ponto mais crítico tem a ver com o empenho e a assumpção de riscos, por parte dos Estados Membros, na concretização dessas reformas. Só com um forte empenho das Estados Membros é que se pode fomentar a participação dos sectores mais dinâmicos da sociedade e dos poderes intermédios".

Para Silva Peneda "sem isso não há reformas possíveis. É também aqui que o Parlamento Europeu deve agir".

No debate sobre as orientações políticas estratégicas da Comissão Europeia, o Deputado social democrata sublinhou que "o Presidente da Comissão já deu provas a este Parlamento da sua determinação e do seu entusiasmo em assumir a condução do órgão executivo da União Europeia na base de um cultura reformadora de práticas, de políticas e de procedimentos.

Da Comissão, no seu todo, espero que saiba sempre encontrar aquilo que, na vida das instituições com ímpeto e vontade reformadora, é sempre o mais difícil: a descoberta da distância certa entre o realismo e alguma utopia.

É a busca constante desse equilíbrio a que alguns chamam sensatez, que tem permitido que, nos últimos anos, a Europa tenha sido capaz de desenvolver um modelo social que é o elemento maior da identidade europeia.

As componentes mais determinantes desse modelo têm sido a paz, a prosperidade e a convergência entre culturas.

Este modelo provou ser um modelo ganhador ".

Silva Peneda destacou ainda que hoje deparamo-nos "com uma realidade em que surgiram recentemente muitos aspectos até aqui desconhecidos: Uma situação demográfica preocupante, a par de uma evolução tecnológica, sem precedentes, especialmente a nível de telecomunicações, factor dos mais determinantes para a consolidação do fenómeno que tornou o Mundo mais pequeno: a globalização.

Nestas circunstâncias, para que a Europa continue a ser um espaço que conviva com um modelo ganhador tem de encarar sem tibiezas a inevitabilidade de proceder a reformas que conduzam, em primeira linha, ao reforço da sua competitividade ".

Para Silva Peneda "isso significa abertura a mercados, aumento da produtividade, mais e melhor investigação, mais inovação e uma maior aposta em pessoas e em ideias.

Porque vivemos num mundo onde tudo influencia tudo, as acções que contribuam para o reforço da competitividade não podem deixar de estar associadas a uma maior segurança individual e colectiva, à protecção do ambiente e à constante preocupação na busca do equilíbrio entre crescimento económico e justiça social ".