Carlos Coelho preside a task force do Parlamento Europeu

12 de Outubro, 2016

Eurodeputado vai ter acesso às informações classificadas do Mecanismo de Avaliação de Schengen.

Talvez por não ser o protótipo do eurodeputado conservador securitário, o português Carlos Coelho, do PSD, acabou por ser escolhido pelos seus colegas da Comissão das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, para presidir à “Task Force” que vai escrutinar o desempenho das fronteiras externas da União Europeia.

Com vários votos contra a tendência dominante do seu grupo político (o Partido Popular Europeu), como a abstenção no acordo de registo de passageiros, conhecido pelo acrónimo PNR, e depois de ter presidido aos inquéritos de Bruxelas ao caso dos voos da CIA e do sistema de vigilância Echelon, Carlos Coelho espera, como declarou no final de uma audição pública em Bruxelas, “que o Parlamento ajude a corrigir as más prestações das polícias de fronteira, onde elas existam”. Sejam as falhas de segurança que tornam as fronteiras vulneráveis, sejam os excessos no controlo que impedem os requerentes de asilo de chegar ao espaço europeu. Ou seja, resume Carlos Coelho, que quando for “detectado um problema numa fronteira, ele não seja esquecido”.

Este grupo, que integrará um elemento de cada força política europeia, terá acesso aos relatórios confidenciais do Mecanismo de Avaliação de Schengen, que o eurodeputado já considerou terem informação classificada a mais. “Se tivermos mais transparência teremos mais controlo democrático”, defendeu, propondo que parte substancial dos relatórios seja desclassificada, por não conter matéria protegida.

* O PÚBLICO viajou para Bruxelas a convite do PPE

 


Download do documento