Não, não e não

15 de Julho, 2005

 

O Conselho devia ter adoptado as Perspectivas Financeiras.

 

Porque a Presidência luxemburguesa fez um bom trabalho; porque as principais reivindicações nacionais tinham sido satisfeitas (inclusivé as portuguesas); e porque depois do NÃO nos referendos francês e holandês havia que dar provas da capacidade da União assegurar o seu futuro.

 

Mas Tony Blair disse NÃO.

 

Para uns, o Primeiro-Ministro britânico teve a capacidade de colocar o dedo na ferida e reclamar uma  mudança de paradigma na gestão da Europa.  Para outros foi mesquinho na defesa do anacrónico “cheque britânico”.

 

Nestas curtas linhas não é possível escalpelizar as motivações, mas tão só assinalar as consequências.

 

E estas foram más para a Europa e más para Portugal.

 

As crises despertam a criatividade e são prenhes de alternativas e soluções.

 

Depois de tantos e funestos NÃOS precisamos mesmo que alguns digam e façam SIM pela Europa.

 

Oportunidade para Durão Barroso?