Sem a UE, Joanesburgo não teria resultados …
Mais uma vez o social-democrata português Jorge Moreira da Silva chefiou a Delegação do PE a uma importante Cimeira internacional, integrando a troika europeia juntamente com o Ministro dinamarquês Schmidt e o Comissário Nielson.
É justo dizer que, sem a UE, a Cimeira de Joanesburgo não teria resultados. A única agenda negocial colocada em cima da mesa foi a da UE. Os Estados Unidos da América não apresentaram nenhuma proposta e oscilaram entre uma posição passiva e uma lógica de bloqueio.
O G77 que integra os países em vias de desenvolvimento liderados pela Venezuela limitaram toda a sua intervenção ao problema da pobreza.
A UE não viu aprovados (como é evidente) todos os pontos da sua agenda. Mas o que foi conseguido resultou da sua iniciativa e do seu empenho.
Ao contrário da Cimeira do Rio, que centrou as suas conclusões estritamente nos dossiers ambientais, Joanesburgo estabeleceu um "link" entre a preservação do ambiente e a erradicação da pobreza; Tornando claro que as preocupações pela "saúde" do planeta têm de mobilizar todos de forma justa e não ser reduto do capricho dos países ricos.
Como disse Jorge Moreira da Silva, Joanesburgo foi "além do Rio, mas aquém das necessidades".