Perspectivas Financeiras



13. Qual foi a proposta da Comissão Europeia para as próximas Perspectivas Financeiras?

Em Fevereiro de 2004, a Comissão Europeia aprovou uma comunicação sobre as próximas perspectivas financeiras para o período 2007-2013.

Par ler o COM(2004)101 sobre "Construir o nosso futuro em comum. Desafios políticos e recursos orçamentais da União alargada, 2007-2013", carregue aqui

Esta comunicação baseia-se nas conclusões de um grupo de trabalho interno, constituído por seis comissários encarregados de preestabelecer o quadro político e de identificar as necessidades.

Posteriormente, em Julho de 2004, a Comissão aprovou a parte principal do denominado "pacote Prodi", constituído por mais três comunicações e 24 propostas legislativas. Uma segunda série de propostas legislativas foi aprovada em 29 de Setembro.

Para ler o COM(2004) 487 sobre "Perspectivas financeiras 2007-2013", carregue aqui

Par ler o COM(2004) 498 "Proposta de renovação do Acordo Insterinstitucional sobre a disciplina orçamental e a melhoria do processo orçamental", carregue aqui

Par ler o COM(2004) 505 "Anexo técnico - Financiamento da União Europeia: Relatório da Comissão sobre o funcionamento do sistema de
recursos próprios", carregue aqui

Na apresentação das Perspectivas Financeiras e das propostas legislativas associadas, a Comissão Europeia antecipou-se ao calendário expectável argumentando que pretendia assegurar uma continuidade já que pela primeira vez na história da UE, quase todos os programas comunitários terminam ao mesmo tempo (2006).

Nos seus documentos, a Comissão Europeia avançou com a sua proposta orçamental focando três grandes prioridades: o desenvolvimento sustentável, os interesses dos cidadãos e o reforço do papel da União como parceiro mundial.

Resume-se aqui os valores da proposta de Perspectivas Financeiras apresentada pela Comissão Europeia, com montantes totais anuais de 143.100 milhões € em 2013, o que corresponde a apenas 1,15% do RNB da UE.

Em relação ao acordo alcançado no Conselho Europeu de Bruxelas (15/16 De Dezembro de 2005), a Comissão Europeia manifestou o seu contentamento por se ter conseguido ultrapassar a crise em que a UE estava mergulhada, apesar dos valores finais (862,5 mil milhões €) ficarem bastante aquém da sua proposta.


PROPOSTA DA COMISSÃO EUROPEIA
PANORÂMICA DO NOVO QUADRO FINANCEIRO 2007-2013
Milhões de euros a preços de 2004


DOTAÇÕES DE AUTORIZAÇÃO

2006 (a)

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

1. Crescimento sustentável

47.582

59.675

62.795

65.800

68.235

70.660

73.715

76.785

1a. Competitividade para o crescimento e emprego

8.791

12.105

14.390

16.680

18.965

21.250

23.540

25.825

1b. Coesão para o crescimento e emprego (b)

38.791

47.570

48.405

49.120

49.270

49.410

50.175

50.960

2. Preservação e gestão dos recursos naturais

56.015

57.180

57.900

58.115

57.980

57.850

57.825

57.805

dos quais: Agricultura – despesas de mercado e pagamentos directos

43.735

43.500

43.673

43.354

43.034

42.714

42.506

42.293

3. Cidadania, liberdade, segurança e justiça

1.381

1.630

2.015

2.330

2.645

2.970

   3.295

3.620

4. A UE como parceiro mundial (c)

11.232

11.400

12.175

12.945

13.720

14.495

15.115

15.740

5. Administração (d)

3.436

3.675

3.815

3.950

4.090

4.225

   4.365

4.500

Compensações

1.041

 

 

 

 

 

 

 

Total das dotações de autorização

120.688

133.560

138.700

143.140

146.670

150.200

154.315

158.450

Total das dotações de pagamento (b)(c)

114.740

124.600

136.500

127.700

126.000

132.400

138.400

143.100

Dotações de pagamento em percentagem do RNB

1,09%

1,15%

1,23%

1,12%

1,08%

1,11%

1,14%

1,15%

Margem disponível

0,15%

0,09%

0,01%

0,12%

0,16%

0,13%

0,10%

0,09%

Limite máximo dos recursos próprios em percentagem do RNB

1,24%

1,24%

1,24%

1,24%

1,24%

1,24%

1,24%

1,24%

(a)  As despesas de 2006 ao abrigo das actuais Perspectivas Financeiras foram repartidas de acordo com a nova nomenclatura proposta para referência e para facilitar as comparações
(b) Inclui despesas do Fundo de Solidariedade (1 000 milhões de euros em 2004 a preços correntes) a partir de 2006. No entanto, os pagamentos correspondentes apenas são calculados a partir de 2007
(c)  Considera-se que a integração do FED no orçamento da UE terá efeitos a partir de 2008. As autorizações para 2006 e 2007 são incluídas apenas para efeitos de comparação. Os pagamentos relativos à autorizações anteriores a 2008 não são tomados em consideração nos dados relativos aos pagamentos.
(d) Inclui as despesas administrativas para as instituições que não a Comissão, pensões e Escolas Europeias. As despesas administrativas da Comissão são integradas nas primeiras quatro rubricas de despesas.