O Parlamento Europeu votou, hoje em Estrasburgo, o relatório in't Veld sobre a igualdade entre homens e mulheres na União Europeia – 2011.
Apesar da igualdade de género constituir um dos princípios fundamentais da UE, o problema da desigualdade continua a persistir.
A Comissão avançou com inúmeras propostas no sentido de combater esta desigualdade, com destaque para a Estratégia 2020, mas infelizmente os progressos têm sido demasiado lentos.
Carlos Coelho frisou que "em tempo de crise económica torna-se ainda mais evidente que o reforço da posição das mulheresno mercado de trabalho e da sua independência económica constitui, para além de um imperativo moral, uma necessidade económica".
Actualmente, 60% dos recém-licenciados são mulheres, porém muito dificilmente entram na vida profissional ao nível da sua formação e regista-se um fosso salarial (que importa reduzir), em que as mulheres ganham em média 17,5% menos do que os homens.
O social-democrata afirmou ser "igualmente, imprescindível reforçar as medidas que permitem conciliar a vida profissional com a vida privada, devendo ser "dada especial atenção aos grupos de mulheres mais vulneráveis, sobre as quais incide um maior risco de exclusão social, pobreza e de violações extremas dos direitos humanos".
Ao concluir Carlos Coelho apelou aos Estados-Membros, bem como a todos as partes envolvidas "que não se limitem a preconizar a consecução da igualdade de género pelas palavras, mas que envidem os esforços e acções necessárias que permitam fazer dela uma prioridade, quer nas suas estratégias sociais, quer económicas".