Carlos Coelho sobre Angola: É urgente reintegrar na vida civil os que se dedicavam à guerra

O Deputado do PSD Carlos Coelho afirmou, em Estrasburgo, que "é urgente reintegrar na normalidade da vida civil os que antes se dedicavam à guerra e realojar todos os que foram afastados das suas terras pela violência da guerra civil". Carlos Coelho defendeu ainda que "logo que estiverem criadas as condições necessárias devem ser promovidas eleições".

Carlos Coelho, usando da palavra num debate sobre a situação em Angola, no Plenário do Parlamento Europeu, salientou o facto de "uma vez mais Angola torna a merecer a atenção do Parlamento Europeu.  Hoje por melhores razões do que as que nos levaram a discutir Angola neste hemiciclo da última vez, acrescentou".

Para Carlos Coelho, "toda a comunidade internacional e especialmente a União Europeia deve tornar claro que esperamos de todas as partes que tudo façam para que este processo seja definitivo e irreversível". 

Carlos Coelho afirmou que "o Governo de Angola esteve bem quando fez cessar todas as medidas militares ofensivas e estiveram bem os dirigentes políticos e as chefias militares da UNITA. Todos revelaram capacidade de diálogo que importa sublinhar e aplaudir".

Para o Deputado social democrata, "urge agora criar os fundamentos de uma vida democrática em comum.  Há que desmilitarizar forças e estender a Administração do Estado a todo o território, há que integrar a UNITA na vida democrática, há que estabelecer as condições para que o Estado de Direito democrático crie as suas raízes: respeitando os direitos da oposição, a liberdade de imprensa, reforçando a transparência dos poderes públicos, lutando contra a corrupção e o arbítrio, combatendo a pobreza e a exclusão social e fomentando o desenvolvimento do País em ambiente de paz".

Carlos Coelho apelou também a "todas as partes para que tudo façam no sentido de que seja rapidamente esclarecida a situação das crianças portuguesas desaparecidas desde há meses".

A terminar, Carlos Coelho desejou "boa sorte" a Angola, sublinhando que a posição do Parlamento Europeu "é de estímulo à boa-fé de todas as partes e de aposta na capacidade e na determinação dos Angolanos".