O Deputado do PSD Joaquim Piscarreta defendeu no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, que "a prevenção deve ser parte integrante do programa "Forest Focus", independentemente da existência do Regulamento sobre o desenvolvimento rural. Quando se trata de um tema tão importante como a floresta, uma das riquezas da Europa, não se pode querer poupar uns dinheiros".
Por isso, e com vista ao financiamento destas medidas de prevenção, Joaquim Piscarreta defendeu "um aumento de verbas no orçamento geral da UE, através das perspectivas financeiras, até 2006. Qualquer medida preventiva só é realmente operacional se dotada de recursos financeiros suficientes".
Joaquim Piscarreta afirmou que "com o flagelo dos incêndios que afectou Portugal no último verão devastando mais de 10 do território nacional, tornou-se mais evidente que grande parte do desastre poderia ter sido evitado com medidas de prevenção eficazes.
É caso, acrescentou o Deputado social democrata, para recordar o velho ditado popular : mais vale prevenir do que remediar.
Aquando da sua visita às regiões ardidas, o próprio Comissário Barnier chamou a atenção para esta constatação".
Para Joaquim Piscarreta "ficou mais do que claro que são necessários instrumentos para acompanhar, mas sobretudo prevenir os factores de deterioração das florestas (poluição atmosférica, pragas e doenças, alterações de clima, etc). Só um estudo das causas e dos seus efeitos permitirá um combate sem tréguas aos incêndios. As medidas de prevenção visam por isso a redução da dimensão das áreas ardidas, o combate às causas dos incêndios e vigilância das florestas.
Além de que, estas medidas são essenciais, sobretudo junto daquelas populações carenciadas que sobrevivem exclusivamente da exploração de pequenas áreas florestais, contribuindo assim para a preservação da natureza".
Joaquim Piscarreta afirmou ainda que "a União Europeia não se pode limitar a acompanhar os incêndios e intervir depois da calamidade ter ocorrido. É necessária uma verdadeira política de prevenção. Porém, não se trata de impôr a Portugal medidas indesejadas, mas sim desenvolver acções concretas e vigorosas que se enquadrem no âmbito da estratégia florestal nacional que está a ser desenvolvida".