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Dossier Euro
6. O Euro e os bancos
36. Pode-se abrir uma conta bancária em euros durante o período de transição (1 de Janeiro de 1999 - 31 de Dezembro de 2001) ?
Sim.
A maior parte dos bancos já permitem a abertura
de contas em euros. No entanto, os clientes não precisarão
de ter contas em euros para receber e fazer pagamentos
em euros, uma vez que até 1 de Janeiro de 2002 os
bancos convertem automaticamente os pagamentos recebidos
e feitos em euros para as respectivas moedas nacionais,
à taxa de conversão estabelecida e sem encargos.
37. Os bancos irão cobrar encargos aos clientes pela conversão das suas contas para euros em 1 de Janeiro de 2002 ?
Não.
A Comissão Europeia apoiou o princípio de que a conversão
deveria ser gratuita uma vez que é obrigatória quando
se der a substituição definitiva das divisas dos países
participantes pelo euro, em 1 de Janeiro de 2002.
Os bancos concordaram com este princípio e a maior
parte já se comprometeu a não cobrar encargos aos
clientes mesmo para conversões das contas para euros
entre 1999 e 2002, desde que se trate de conversões
definitivas.
38. Como se reflectirá a transição para o euro nos créditos pendentes ?
A
introdução do euro não implicará qualquer alteração
no valor nem no custo dos créditos. Uma vez que se
trata de obrigações contratuais, estas não poderão
ser alteradas nem denunciadas unilateralmente por
causa da introdução do euro. Os créditos pendentes
durante a fase de transição, de 1999 a 2002, continuarão
a ser reembolsados em moeda nacional. Durante esse
período, se para tal houver acordo entre as partes,
os créditos podem ser convertidos em euros à taxa
de câmbio irrevogavelmente fixada; se tal não acontecer,
os créditos serão obrigatoriamente convertidos em
euros em 1 de Janeiro de 2002.
39. Os juros serão nivelados em todos os Estados participantes na UEM ?
Em
grande medida sim, mas algumas diferenças poderão
continuar a existir. As taxas a curto prazo do mercado
monetário serão harmonizadas em toda a zona do euro,
mas a questão das taxas de juro a longo prazo é mais
complexa. As diferenças entre taxas de juro a longo
prazo de país para país resultam das diferenças de
credibilidade entre os agentes económicos que contraem
empréstimos : quem goza de menos crédito tem de pagar
mais. Estas disparidades de credibilidade manter-se-ão
entre os Estados-Membros que participam na zona do
euro. Se a economia de um dos Estados-Membros participantes
for considerada forte e estável, os agentes económicos
que contraiam empréstimos nesse país poderão beneficiar
de taxas de juros relativamente baixas. De qualquer
forma, as disparidades entre taxas de juros a longo
prazo na zona do euro deverão ser consideravelmente
inferiores às dos países com moedas nacionais.