Carlos Coelho defende que a UE deve ser firme com Moscovo ao referir-se ao Acordo UE-Ucrânia
"Espero que a UE seja firme na sua implementaçãoe não ceda à chantagem de Moscovo, que pretende, na prática, reduzir à inutilidade estes acordos com os Estados que a Rússia considera estarem na sua órbita estratégica", afirmou o Deputado Carlos Coelho em Estrasburgo ao defender o Acordo entre a UE e a Ucrânia.
O Deputado português considerou mesmo que "este acordo pode constituir um modelopara as negociações com outros países da Parceria Oriental" e recordou que "a negociação deste acordo teve início em 2007 e foi concluída em 2012. A pressão russa e a desistência do deposto Governo ucraniano levaram a que se perdesse mais dois anos".
Carlos Coelho apoiou este Acordo e defendeu que "temos a responsabilidade de apoiar os povos que lutam pela Liberdade e pela Democracia e que querem estreitar os seus laços com a União Europeia".
O Parlamento Europeu e o parlamento ucraniano (Verkhovna Rada) aprovaram o acordo ao mesmo tempo. Em ambos os Parlamentos os écrans mostravam imagens do outro e o serviço de tradução assegurou a compreensão dos discursos.
A associação entre a UE e a Ucrânia tem por objectivos:
- promover a aproximação progressiva entre as partes com base em valores comuns e em ligações estreitas e privilegiadas, aprofundando a associação da Ucrânia com as políticas da UE, e a participação em programas e agências;
- proporcionar um enquadramento adequado para o diálogo político reforçado em todos os domínios de interesse comum;
- promover, preservar e reforçar a paz e a estabilidade nas dimensões regional e internacional;
- criar condições propícias a relações económicas e comerciais mais estreitas que conduzam a uma integração gradual da Ucrânia no mercado interno da UE, incluindo a criação de uma Zona de Comércio Livre Abrangente e Aprofundada, e apoiar os esforços da Ucrânia no sentido de concluir a transição para uma economia de mercado viável através, nomeadamente, da aproximação progressiva da sua legislação à legislação da UE;
- reforçar a cooperação no domínio da justiça, da liberdade e da segurança, com o objectivo de consolidar o Estado de direito e o respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais;
- criar condições para uma cooperação cada vez mais estreita em domínios de interesse comum.
O Parlamento Europeu e o parlamento ucraniano (Verkhovna Rada) aprovaram o acordo ao mesmo tempo.
Para entrar plenamente em vigor, o acordo precisa ainda de ser ratificado por todos os Estados-Membros. Neste momento, o acordo foi ratificado em seis países da UE.