O Parlamento Europeu votou hoje em Estrasburgo, o relatório Deva sobre o financiamento do reforço da infra-estrutura de barragens nos países em desenvolvimento.
Para Carlos Coelho "sendo a água um recurso natural escasso, a gestão dos recursos hídricos sobretudo no contexto da mudança do clima é certamente um grande desafio que o mundo enfrenta" e "se e por um lado a construção de barragens nos países em desenvolvimento permite garantir a segurança do aprovisionamento de água e todo um outro conjunto de vantagens indiscutíveis, por outro lado os riscos inerentes à sua construção têm e devem ser objecto de reflexão e cautela".
As barragens, tanto naturais como artificiais, podem apresentar falhas ou rupturas que causam inundações e avalanches o que é agravado no caso das barragens naturais pelos efeitos do aquecimento global e pelos depósitos de carbono preto que se depositam nos glaciares acelerando o degelo (Bangladesh, Butão, Nepal, etc).
Note-se que são os países menos desenvolvidos os mais vulneráveis aos efeitos das inundações que se têm revelado críticas no último século.
A este propósito o eurodeputado social-democrata considerou "importante adoptar uma estratégia multifacetada nestas regiões, que a construção de barragens deve ser avaliada em termos de impacto ambiental, social e económico mas que cabe aos países em desenvolvimento a última palavra na avaliação das suas prioridades e relação custo/benefício".