O Parlamento Europeu debruçou-se, em Estrasburgo sobre, sobre a responsabilização da União Europeia em matéria de financiamento do Desenvolvimento.
Carlos Coelho reconheceu que "a UE e os seus Estados-Membros são sem dúvida os maiores doadores mundiais de ajuda pública ao desenvolvimentonão obstante a pressão crescente a que os orçamentos nacionais são sujeitos em consequência da crise financeira e económica que assola o mundo" não deixando porém de se preocupar com o facto de "no ano transacto os Estados-Membros da UE apenas tenham contribuído 0.43% do seu Rendimento Nacional Bruto (RNB) apara a Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD), apesar do compromisso de consagrar colectivamente 0,7 % do seu RNB a favor da APD até 2015 e de um objectivo intercalar de 0.56% em 2010".
O eurodeputado português, membro suplente da Comissão do Desenvolvimento, defendeu que "não só para a credibilidade da UE mas para a situação concreta que têm vivido os mais pobres (de forma particularmente dura em consequência da crise económica e financeira de que não foram responsáveis) urge que a UE cumpra os seus compromissos em matéria de desenvolvimento; e em vez de reduzir os seus orçamentos para a ajuda ao desenvolvimento tome medidas urgentes que assegurem os compromissos assumidos, se debruce em novos mecanismos inovadores de financiamento e seja capaz de garantir maior coerência entre as políticas comerciais da União e as políticas de desenvolvimento".