Acentuando as preocupações de combate à criminalidade o Deputado social-democrata, afirmou: "Há que salientar que a criação da Europol é já um passo em frente. Mas há que dar o passo seguinte reforçando a cooperação judiciária em matéria penal, de forma a estabelecer progressivamente um verdadeiro espaço judiciário europeu, de acordo com o objectivo de criação do Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça."
Carlos Coelho, salientou que o reforço desta cooperação resulta das deliberações do Conselho Europeu de Tampere, a que urge dar consequência prática: "Foi, aliás e bem, salientada no Conselho Europeu de Tampere, esta necessidade de reforçar sistemas e mecanismos, nomeadamente no que toca à intensificação da cooperação entre as autoridades dos Estados Membros nas investigações sobre actividades criminosas transfronteiras (facilitando-se, deste modo, a descoberta dos autores das infracções penais cometidas, bem como a procura e obtenção das provas), e apelou-se ainda à criação de equipas conjuntas, tal como previsto no Tratado, e à tomada de iniciativas destinadas a possibilitar a confiscação dos produtos do crime."
Referindo-se aos 2 assuntos mais polémicos – o das escutas telefónicas e o das videoconferências para audição de suspeitos, arguidos e testemunhas – Carlos Coelho afirmou:
"É essa cautela com os direitos, liberdades e garantias essenciais que nos levaram a apoiar a retirada do texto proposto do que diz respeito às escutas telefónicas, recomendando-se ao Conselho que apresente um instrumento jurídico autónomo para dar resposta a este problema.
Quanto às video-conferências:
há que estabelecer uma regulamentação mais precisa de modo a que os direitos de defesa e as garantias processuais sejam salvaguardadas;
É imperativo que se respeite o cariz processual do sistema jurídico, defendendo os direitos dos cidadãos europeus."