Carlos Coelho questionou hoje a Comissão Europeia sobre garantias de cibersegurança na campanha eleitoral para as próximas eleições para o Parlamento Europeu, em 2019. A Comissão tem agora seis semanas para responder ao Deputado ao Parlamento Europeu.
Na pergunta endereçada à Comissão, pode ler-se que “a utilização de mecanismos de manipulação eleitoral através da utilização de grandes quantidades de dados (em muitos casos, obtidos ilegalmente) para concepção de propaganda política, de notícias falsas e de discursos de ódio é um fenómeno que deve merecer a nossa maior preocupação. A interferência de países terceiros em actos eleitorais e referendos na União é uma ameaça às democracias e ao Estado de Direito na União. Configura-se, muitas vezes, pela exploração das falhas de segurança dos sites e redes sociais ou das características dos algoritmos. A cibersegurança é prioritária na defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos”.
O social-democrata alertou que “as próximas eleições para o Parlamento Europeu, em Maio de 2019, representam um momento estruturante para a União. Serão as primeiras eleições europeias a 27, sem a participação do Reino Unido, e elegerão a Câmara que vai debater questões da maior relevância para o futuro da integração. Nos últimos meses temos assistido a relatos de interferência de agentes externos em eleições nacionais e em referendos, através de meios digitais. Por isso, é fundamental garantir que as próximas eleições europeias não sofre qualquer tipo de manipulação. A um ano das eleições temos tempo para nos preparar, sob o ponto de vista político mas também técnico, para qualquer tentativa que, a existir, pode já estar a ser preparada”.
Pode consultar a pergunta endereçada à Comissão Europeia aqui.