O Deputado do PSD Joaquim Piscarreta defendeu hoje, em Estrasburgo, que "a União Europeia carece de um Programa de Acção com vista à formação de trabalhadores do sector marítimo e chamaou a atenção da Comissão Europeia e do Parlamento para a importância da formação profissional contínua dos marítimos nacionais e europeus. Defendo, por isso, acrescentou, a necessidade de reforçar a atractividade das profissões marítimas como forma de luta contra o desemprego e o reforço em recursos humanos de um sector em crise".
Num debate sobre a formação dos marítimos extra-comunitários, Joaquim Piscarreta sustentou que, "na União Europeia, a par de todos os problemas relacionados com o mundo do trabalho, os trabalhadores do sector marítimo também constituem um problema que não pode ser ignorado".
Para Joaquim Piscarreta, "face à falta de mão de obra qualificada, nacional ou comunitária, os armadores vêm-se obrigados a recorrer aos trabalhadores extra-comunitários e que, com o intuito de facilitar o recurso aos marítimos de países terceiros, a Comissão Europeia avançou precisamente com um Programa de formação e de reconhecimento pelos Estados Membros dos diplomas emitidos pelos países terceiros.
Nesse caso, afirmou o Deputado, cumpre salientar que mais formação profissional significa mais segurança marítima e prevenção de acidentes".
Joaquim Piscarreta defendeu ainda que "é imprescindível garantir um nível elevado de formação das tripulações das embarcações europeias, tendo em conta que muitos acidentes marítimos são de natureza humana e considerou que o reconhecimento de formações existentes num país terceiro DEVE, por consequinte, basear-se na prova de que a oferta do pessoal europeu para determinados lugares é insuficiente".