Segundo Silva Peneda, os dados conhecidos sobre a evolução do emprego são muito positivos, sendo preciso recuar à década de oitenta para encontrar valores semelhantes. Contudo, “estes dados animadores não têm beneficiado de forma homogénea todas as regiões europeias e, quanto à qualidade de emprego as notícias não são as melhores.”
Para o Deputado PSD, quando “falámos de política social, é sempre difícil definir prioridades e, nestes casos, a tentação é considerar tudo urgente. Ora, a experiência mostra que, quando tudo e prioritário, acaba por nada ter prioridade.”
Na sua opinião, “é imperativo fazer um esforço para a definição de papéis, responsabilidades e de objectivos claros e quantificáveis, passíveis de gestão e avaliação.”
“Ora, no contexto actual há para mim uma prioridade clara: a luta contra o abandono escolar que atinge 15% dos jovens entre os 18 e os 24 anos na União Europeia (i.e. 6 milhões)” afirmou Silva Peneda.
Este cenário é particularmente grave tendo em conta a evolução demográfica esperada para a Europa que em 2030 terá menos 18 milhões de crianças e jovens e mais 52,3% de pessoas acima dos 65 anos.
Para Silva Peneda “é inaceitável que esta preciosa e reduzida população jovem, da qual os sistemas de segurança social dependem, não esteja perfeitamente escolarizada e preparada ao mais alto nível para enfrentar com sucesso os novos desafios do mercado de trabalho.”
“Todos sabemos que são os menos escolarizados os mais vulneráveis ao desemprego, à exclusão digital no contexto da sociedade da informação e obviamente à exclusão social.“
A terminar, afirmou que a “dimensão social da Estratégia de Lisboa deve ser fortalecida através, nomeadamente, de um maior ênfase colocado na questão da inclusão.”