O Parlamento Europeu aprovou hoje uma proposta da Comissão Europeia que permite que os países que beneficiam da Iniciativa para o Emprego dos Jovens (IEJ), como Portugal, recebam mais cedo verbas para ajudar os jovens a regressar ao trabalho e ao ensino ou a realizar um estágio.
A Iniciativa para o emprego dos Jovens é um dos instrumentos por excelência no combate a este flagelo mas a sua taxa de utilização é reduzida em virtude da falta de fundos públicos para o lançamento de projectos a fim de oferecer aos jovens um emprego, um estágio ou formação. Os Estados-Membros mais afectados pelo desemprego jovem são também aqueles que têm mais dificuldade em arranjar os cofinanciamentos.
Carlos Coelho está "seriamente preocupado com os números alarmantes que não tendem a baixar não obstante as medidas tomadas pela União Europeia e pelos Estados-Membros individualmente no combate ao desemprego jovem".
"Apoio sem qualquer hesitação o Relatório da colega Morin-Chartier que vem desbloquear mil milhões de euros no âmbito da Iniciativa para o Emprego dos Jovens permitindo um pré-financiamento dos programas operacionais para 2015 o que se traduz nos Estados receberem mais cedo verbas para ajudar os jovens a regressar ao trabalho e ao ensino ou a realizar um estágio, afirmou o eurodeputado em Estrasburgo.
A IEJ representa um montante de 6,4 mil milhões de euros ao longo do período de sete anos do quadro financeiro plurianual da UE, dos quais 3,2 mil milhões provêm do Fundo Social Europeu e os outros 3,2 mil milhões de uma rubrica orçamental específica.
A proposta hoje aprovada introduz uma disposição no regulamento relativo ao Fundo Social Europeu sobre o aumento do pré-financiamento inicial pago a programas operacionais apoiados ao abrigo da IEJ.
Ao concluir Carlos Coelho ressalvou que "aumenta-se deste modo a taxa de pré-financiamento da IEJ de 1% para 30% o que permite que, por exemplo, Portugal possa ter um avanço de cerca de 48 milhões de euros", que permitirão cobrir as despesas já efectuadas desde Setembro de 2013.