O Parlamento Europeu aprovou, em sede de sessão plenária em Estrasburgo, o relatório Borys sobre o cinema europeu na era digital, que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.
"O cinema europeu enfrenta hoje um dos seus maiores desafios: responder às exigências das tecnologias modernas", referiu Carlos Coelho
O eurodeputado sublinhou em Estrasburgo que "é impossível dissociar o sector do audiovisual dos novos desafios da era digital que tem repercussões na produção, distribuição e acessibilidade do cinema europeu".
Face à crescente produção de filmes digitais bem como à crescente procura pública de filmes produzidos com tecnologia 3D, assistiu-se nos últimos anos a uma aceleração do processo de digitalização das salas de cinema que acarreta custos para o sector (produtores e proprietários de cinemas) que tem de prever a conformidade com o sector analógico e com o digital.
Carlos Coelho considerou "importante, tanto da parte dos Estados-Membros, como por intermédio dos Fundos Estruturais um apoio adequado ao processo de digitalização do cinema" alertando para o facto de que o cinema europeu "para além da dinâmica económica que gera, desempenha um papel fundamental ao nível cultural e social e ao nível do desenvolvimento da identidade cultural europeia".
No entanto não deixou de alertar para a necessidade de se "atender e preservar a diversidade de programação e as infra-estruturas culturais em toda a UE, não encaminhando ao encerramento de pequenas salas e cinemas artísticos em benefício de multiplexos". "A inovação deve estar ao serviço do património cultural e não o inverso!", concluiu o social-democrata