Vasco Graça Moura exige inclusão do "português" no indicador europeu de competência linguística

"A língua portuguesa é a terceira língua da União Europeia mais falada do mundo, depois do inglês e do espanhol, e antes do alemão, do francês e do italiano"  Vasco Graça Moura

Na sessão plenária do Parlamento Europeu, a decorrer esta semana em Estrasburgo, o Deputado do PSD, Vasco Graça Moura, interveio no debate sobre o "Novo quadro estratégico para o multilinguismo."

Este novo quadro estratégico para o multilinguismo tem como objectivo "promover o conhecimento das línguas e o objectivo a longo prazo de melhorar as competências linguísticas individuais, no sentido de cada cidadão aprender pelo menos duas línguas para além da sua língua materna."

Ao iniciar a sua intervenção Vasco Graça Moura considerou que "o presente relatório, na formulação em que chega a esta câmara, consagra de um modo geral princípios correctos e que têm sido adquiridos ao longo dos anos, muito em especial, desde o ano 2000, que foi designado como o ano europeu das línguas."

O Deputado do PPE afirmou que "a medida de concretização de alguns desses princípios é a "medida do possível", em conexão com a regra da subsidiariedade. De resto, se é verdade que todos têm direito à sua língua materna, não é menos verdade que, no plano prático, aplicar este princípio à letra, e para além das línguas oficiais, bloquearia de todo o funcionamento das instituições da União.

"Por outro lado, há que evitar a instrumentalização, para fins de eventual exacerbamento nacionalista, da questão das línguas minoritárias."

Segundo Vasco Graça Moura "Aborda-se também a questão da extensão do indicador europeu de competência linguística. Na sua versão actual ele apenas se destina a medir as competências linguísticas em inglês, francês, alemão, espanhol e italiano. Deve evitar-se que esta situação de facto induza em erro e estimule à aprendizagem generalizada apenas dessas cinco línguas."

Chamando a atenção para a importância da língua portuguesa, o Deputado do PSD disse "Não apenas por uma questão de equilíbrio necessário e de abrangência legítima, mas também porque a projecção das línguas europeias fora da Europa é um factor da maior importância numa era de globalização, isto para além das suas dimensões humanas, históricas e culturais."

"A língua portuguesa, e compreender-se-á que eu dê este exemplo, é a terceira língua da União Europeia mais falada do mundo, depois do inglês e do espanhol, e antes do alemão, do francês e do italiano."

A terminar Vasco Graça Moura defendeu ainda uma proposta da qual é subscritor no sentido de "o indicador europeu de competência linguística passar a incluir todas as línguas oficiais da União e, se tal vier a revelar-se exequível, as restantes línguas faladas na Europa."