Carlos Coelho começou por desejar os "maiores sucessos à Presidência eslovena" e salientou como "muito feliz" a ideia de centrar o próximo Conselho Europeu nas questões da "economia e do desenvolvimento."
Salientou também o facto do Presidente Durão Barroso por ter "dado prioridade a estas matérias desde o início do seu mandato. Ao rever a Estratégia de Lisboa, desburocratizando-a e dando-lhe um novo fôlego apontou na direcção certa."
Carlos Coelho, salientou que "a despeito da turbulência da crise financeira internacional e do aumento do preço da energia e em especial dos combustíveis fósseis, a evolução da dívida pública e dos défices públicos, o crescimento económico e a geração de emprego têm apresentado indiscutíveis valores positivos."
Na sua opinião a Europa precisa de "mais e melhor Estratégia de Lisboa ancorada num pacto pelo crescimento e pelo emprego, que invista no conhecimento e na inovação, apoie o desenvolvimento sustentável, comporte uma agenda ambiental e tire partido do potencial das Pequenas e Médias Empresas em toda a União."
Segundo Carlos Coelho "o crescimento económico é importante não apenas para garantir um bom nível de vida aos europeus" mas também para "assegurar de forma sustentada as políticas de coesão económica e social. O compromisso comum do projecto europeu baseia-se numa lógica de solidariedade."
Tendo com "pano de fundo" a recente polémica da assinatura de acordos bilaterais entre Estados-Membros e os EUA em matéria de vistos, Carlos Coelho fez um apelo à Presidência do Conselho para que "recorde aos Estados que a solidariedade é condição de sucesso da nossa União e que a exaltação de egoísmos nacionais só prejudica."
Lembrou de seguida que para além das questões económicas há questões de mobilidade e de segurança. "Ainda há 2 meses festejámos com alegria a antecipação do alargamento do Espaço Schengen e a abolição de fronteiras internas. Esse Espaço é, hoje, um Espaço comum. Políticas de Visto, controlo de fronteiras, partilha de dados e informações, cooperação policial e judicial são ferramentas da nossa segurança e da nossa liberdade. Temos de fazer essa gestão em conjunto e, em conjunto, lidarmos com os nossos parceiros no Mundo" afirmou.
A terminar Carlos Coelho desejou que no próximo Conselho "essa solidariedade seja reforçada e seja claro perante a República Checa, a Estónia e a Letónia, ou qualquer outro que a negociação da política de Vistos com os nossos parceiros americanos é uma matéria europeia. Também aqui, a unidade europeia é condição do seu sucesso e da sua credibilidade"