Regina Bastos, que participou no debate no Plenário do Parlamento Europeu sobre incentivos comunitários no domínio do emprego, recordou que "o artigo 2.° do Tratado estatui como um dos objectivos da União Europeia a promoção de um elevado nível de emprego e que no quadro estabelecido pelo processo do Luxemburgo, os Estados-membros têm já vindo a cooperar intensamente em matéria de política de emprego, sendo, contudo, os últimos responsáveis pela escolha das medidas concretas para a sua execução.
Mais recentemente, sublinhou Regina Bastos, o Conselho Europeu de Lisboa definiu como objectivo estratégico da União torná-la no espaço económico mais dinâmico e competitivo do planeta, fundado no conhecimento e capaz de garantir um sustentável crescimento económico, potenciador de mais e de melhores empregos e de maior coesão social".
Para Regina Bastos, "este relatório visa contribuir para alcançar este novo desafio nascido em Lisboa, comportando a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no domínio do emprego, o que constitui um dos quatro pilares da estratégia europeia de emprego".
Regina Bastos considera ainda fundamental "assegurar o envolvimento dos parceiros sociais e de demais entidades locais e regionais neste esforço que deve ser de todos. Por outro lado, uma avaliação da existência de infra-estruturas que facilitem o acesso e a manutenção do trabalho a homens e a mulheres, tais como creches e assistência social ao domícilio, é igualmente imprescindível".
Para a Deputada social democrata, "o Parlamento Europeu é já, no âmbito do processo de consulta, um importante actor na definição das orientações anuais para o emprego, importando, agora, que participe também na avaliação quantitativa e qualitativa do impacto global da Estratégia Europeia de Emprego".
Regina Bastos defendeu que "uma crescente dotação orçamental neste domínio afigura-se como algo de positivo e indispensável", alertando no entanto para o facto de "a utilização de fundos públicos dever ser feita com equilíbrio e com parcimónia, sempre com elevado rigor", sublinhando que "a afectação de recursos deve acompanhar as necessidades reais e concretas e ter em conta a execução orçamental de cada rubrica" .