O Deputado do PSD José Silva Peneda, considerou, em Estrasburgo, que "apesar da "Estratégia de Lisboa" ser uma iniciativa intergovernamental, a Comissão Europeia já fez a sua parte do trabalho. Cabe agora aos Estados-Membros a responsabilidade de concretizar o ímpeto reformador proposto, através de acções políticas concretas".
No debate sobre as orientações estratégicas da Comissão Europeia, no Plenário do Parlamento Europeu, Silva Peneda chamou a atenção para o facto de nas últimas semanas, a Comissão Europeia ter tomado decisões sobre dois temas marcantes: as orientações estratégicas para o seu mandato e a reforma da "Estratégia de Lisboa".
Para Silva Peneda, "ambas as decisões insistem naquilo que, nas actuais circunstâncias, é o mais determinante: o relançamento do crescimento económico e a criação de emprego".
Silva Peneda afirmou não entender "a discussão sobre quem vem primeiro: se o crescimento económico ou se o emprego ".
Para Silva Peneda, "os empregos criam-se nas empresas. Ora, as empresas só se desenvolvem se existir um clima de confiança, uma vontade generalizada de empreender, um ambiente amigo do investimento. Isto só será possível de ser atingido através de políticas económicas correctas. Tudo acontecerá tanto mais rapidamente quanto mais empenhados andarem os Estados Membros na concretização das reformas que são necessárias levar a cabo".
O Deputado social democrata defendeu que "será esta a única via que nos poderá permitir o desenvolvimento de um quadro de protecção social para com os mais desprotegidos. Será por aqui que passará a manutenção do modelo social europeu.
O dinamismo económico não pode ser visto como um inimigo da protecção social. Pelo contrário. É o seu principal aliado ".
Silva Peneda manifestou preocupação "com a capacidade de execução efectiva". Falo de definição de prioridades e clareza na atribuição de responsabilidades. Foi precisamente a ausência destes factores que justificou a reforma da "Estratégia de Lisboa".
O Deputado do PSD afirmou ainda que "as reformas só serão bem sucedidas se forem explicadas e, se for necessário, até à exaustão. Só assim serão entendidas e aceites. Estamos perante a absoluta necessidade de proceder a reformas que, na maior parte dos casos, não são simpáticas para a opinião pública, mas são as que a Europa precisa. Se há caso que justifica uma ampla campanha de marketing é este. Vale a pena, por isso, estudar das vantagens de sair do ambiente dos gabinetes e ir para a rua, começando pelos nós próprios, deputados europeus".