Nova Estratégia de Lisboa mais realista e eficaz
A revisão da Estratégia de Lisboa
Em 2000, no Conselho Europeu de Lisboa
lançou-se um desafio para a próxima década: tornar a UE na
economia mais dinâmica e competitiva do mundo baseada no conhecimento
antes de 2010. Este objectivo ambicioso ficou conhecido por "Estratégia
de Lisboa".
Cinco anos volvidos, as conclusões do
Relatório intercalar de avaliação da Estratégia de
Lisboa (Relatório Wim Kok)
demonstraram inequivocamente que os progressos realizados pelos Estados-Membros
para alcançar os objectivos de Lisboa foram manifestamente insuficientes.
A manter-se o actual ritmo de reformas, o balanço final seria um
fracasso e os principais objectivos não poderiam ser atingidos.
Perante este cenário, a Comissão Europeia
já presidida pelo Dr. Durão Barroso decidiu meter mãos
à obra e reequacionar as prioridades fixadas pela Estratégia de
Lisboa, focando as preocupações dos cidadãos europeus: o crescimento e o emprego.
Nesta revisão de prioridades, a
Comissão Europeia passa a identificar os responsáveis por cada
medida, estabelece prazos fixos e avalia os progressos. A
execução dos objectivos passa por um Programa nacional
Único, pela designação de um "Senhor Lisboa" em
cada Estado-Membro (responsável pelo acompanhamento das
acções da Estratégia de Lisboa) e pela
simplificação dos métodos de avaliação. Por se tratar de uma área
intergovernamental, a "Estratégia de Lisboa" depende quase
exclusivamente da capacidade e do
empenho dos Estados-Membros a realizar reformas estruturais profundas.
Ou seja, a responsabilidade é sobretudo
dos governos nacionais. A Comissão Europeia desempenha um papel de
coordenação e de estímulo às "boas
práticas" mas a maior parte das decisões escapam à
sua esfera de competência.
Com a revisão da Estratégia, a
fixação de prioridades mais claras e a urgência do
calendário criam as condições prévias
imprescindíveis para os Estados-Membros fazerem da Estratégia de
Lisboa uma história de sucesso.
Hoje em dia, para a maioria dos cidadãos
europeus, a Estratégia de Lisboa pode parecer algo utópico. Nada
de mais errado. A História da UE é pródiga em exemplo
destes. Nos anos 80, Jacques Delors
foi percursor ao defender a existência de um Mercado único e de
uma moeda única. Na altura, os utilizadores do escudo, da peseta, do
franco francês ou do marco alemão não acreditariam que 20
anos mais tarde, seríamos mais de 300 milhões de cidadãos
a utilizar a mesma moeda.
Desejo o mesmo sucesso para a
"Estratégia de Lisboa".
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- 29 de Março, 2006 - Decisões da Comissão Europeia tomadas na sua 1739° reunião de 29 de Março de 2006
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- 11 de Junho, 2002 - Decisões tomadas pela Comissão Europeia na sua 1571 reunião, dia 11 de Junho de 2002