O Parlamento Europeu aprovou ontem em Estrasburgo o relatório Berlinguer sobre sobre o contributo das instituições europeias para a consolidação e progresso do Processo de Bolonha, que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.
Para Carlos Coelho a "Europa deve ser uma referência de qualidade na educação e formaçãoe garantir que os sistemas de educação e formação sejam compatíveis para permitir a mobilidade em todo o espaço europeu, não apenas no plano geográfico (dentro e entre os países) mas também horizontal (entre ciclos de estudos) e vertical (dentro de ciclos de estudos)".
O social-democrata aplaudiu a relação estabelecida entre Bolonha e os objectivos para o crescimento com base no conhecimento e na inovação no âmbito da Estratégia "Europa 2020" e a importância do Espaço Europeu do Ensino Superior no âmbito da criação e desenvolvimento de uma verdadeira cidadania europeia não deixando no entanto de lamentar "que algumas universidades europeias pareçam relutantes em contribuir para o reforço do Espaço Europeu do Ensino Superior quando este se revela crucial para aumentarem a competitividade e qualidade no conhecimento que produzem".
As reformas lançadas pelo Processo de Bolonha abrangem um leque de ferramentas destinadas a encorajar o reconhecimento das qualificações como, por exemplo, o Sistema de Transferência e Acumulação de Créditos.
Nesta fase, a maioria dos países que participam no Processo de Bolonha ainda não implementou os quadros de qualificações nacionais ligados ao quadro de qualificações do EEES.
Carlos Coelho defendeu que o "Sistema Europeu de Transferência e Acumulação de Créditos deve ser mais transparentee proporcionar a possibilidade de estabelecer comparações mais precisas entre as qualificações e diplomas" e congratulou-se com a proposta da Comissão de aumentar substancialmente os fundos destinados aos programas de ensino e formação europeus esperando que "colabore para tornar possível o acesso a estes programas aos estudantes com dificuldades financeiras".