O programa Erasmus foi adoptado formalmente a 17 de Junho de 1987, ano em que os 11 primeiros países participantes (entre os quais Portugal) permitiram que 3.244 estudantes do ensino superior (entre os quais 25 portugueses) passassem um período de estudos fora do seu país. Ao longo da semana, o Parlamento Europeu, reunido em plenário, em Estrasburgo, assinalou esta efeméride, num conjunto de iniciativas a que Carlos Coelho se associou.
A propósito das comemorações, o Deputado ao Parlamento Europeu sublinhou que “a União Europeia e o Parlamento Europeu, em particular, não podiam passar ao lado do aniversário do projecto comunitário mais bem sucedido de sempre. Recordo, no entanto, que mais importante que celebrar o sucesso destas três décadas de Erasmus é perspectivar o futuro do novo programa Erasmus+, que reúne hoje todas as iniciativas nos domínios da educação, formação, juventude e desporto. Por isso, aproveitei esta efeméride para lançar o debate e pedir a todos quantos me acompanham através do meu site, redes sociais e outros canais de comunicação que contribuam com sugestões para melhorar o Erasmus+”. Veja aqui o registo da mensagem de Carlos Coelho.
Num balanço destes trinta anos, o social-democrata sublinhou que “os números falam por si, senão vejamos: cinco milhões de estudantes do ensino superior, primeiro público-alvo do programa, estudaram fora do seu país e outros quatro milhões de pessoas participaram em actividades de mobilidade, formação, juventude e desporto. São nove milhões de pessoas que formam a «geração Erasmus». Temos hoje cerca de um milhão de «bebés Erasmus», filhos de casais que se conheceram no programa. E em trinta anos triplicámos o número de países, disparando o número de participantes: hoje, participam 33 países e, nos últimos três anos - primeiros do Erasmus+ - já 2 milhões de europeus participaram no projecto”.
Questionado sobre os desafios do futuro do programa, Carlos Coelho afirmou-se “optimista, face ao sucesso que alcançámos até aqui. Contudo, há desafios que permanecem: desde logo, os da acessibilidade, abrangência e consequência. Com isto quero dizer que temos de procurar a igualdade de oportunidades no acesso ao programa, sobretudo junto dos que têm menos possibilidades financeiras para o fazer; que temos de garantir que todas as áreas do programa têm condições de crescer, sobretudo as que dizem respeito à aprendizagem informal e não formal, bem como a educação de adultos; e que o investimento que fazemos no Erasmus+ deve resultar no aumento da consciência sobre a cidadania europeia”.