O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Estrasburgo, o relatório Honeyball sobre Educação, Formação e Europa 2020, que contou com o apoio do Deputado Carlos Coelho.
As medidas de austeridade e consequentes cortes orçamentais que têm vindo a afectar os sistemas de educação e formação de toda a UE, poderão vir a ter efeitos negativos ao nível do crescimento económico, tão necessário para podermos sair da actual crise.
Esse crescimento tem que ser baseado, prioritariamente, na educação, no conhecimento e nas políticas sociais adequadas.
Os custos económicos do insucesso escolar, incluindo o abandono escolar e as desigualdades sociais nos sistemas de educação e de formação e o seu impacto no crescimento dos Estados-Membros são significativamente mais elevados do que os custos da crise financeira.
Carlos Coelho ressalvou o facto de "não nos podemos esquecer que os jovens, que estão a ser fortemente penalizados com os efeitos da crise, deverão ter um papel fundamental a desempenhar na realização dos principais objectivos para 2020 no que diz respeito ao emprego, à investigação e inovação, ao clima e energia, à educação e ao combate à pobreza".
"Não podemos negar às novas gerações a possibilidade de vir a atingir o mesmo nível de prosperidade da geração anterior", afirmou o eurodeputado português.
Para o social-democrata "é fundamental que os Estados-Membros reavaliem e reforcem as suas políticas em matéria de educação e formação, e adoptem igualmente medidas específicas para os jovens em risco e que "reforcem as políticas de juventude ao nível europeu, cabendo à Comissão disponibilizar os apoios necessários, incluindo financeiros, para o desenvolvimento de valores, aptidões e competências, no quadro dos programas nos domínios da educação, juventude e cidadania".