O Parlamento Europeu aprovou hoje, em Bruxelas, a adesão da República da Croácia à União Europeia. Carlos Coelho apontou reservas a esta adesão.
Para Carlos Coelho "o alargamento da UE é um dos instrumentos mais eficazes da sua política externa e uma das provas mais eloquentes do seu sucesso. Vários países querem entrar e nenhum quer sair".
Carlos Coelho recordou que "ao longo da sua História, a UE foi crescendo de 6 para 27 Estados-Membros e isso criou problemas de funcionamento. Por isso muitos sustentam (e eu concordo) que aos 3 critérios de Copenhaga, importa juntar um quarto: Saber se a UE está em condições de integrar mais um país candidato".
Segundo o social-democrata "para lá de nalgumas esferas do Estado de Direito ter dúvidas sobre a prontidão da Croácia, reputo de imprudente, sobretudo no momento de crise que atravessamos, aumentar a entropia da UE, alargando o número de Estados-Membros" alertando que," sobretudo em sede de alteração aos tratados (de que tanto se fala novamente), a unanimidade é requerida. Por isso,não posso votar a favor da recomendação da entrada da Croácia, já, na UE".
O Parlamento Europeu pede à Croácia que dê resposta aos desafios que ainda se colocam, nomeadamente no que diz respeito ao sistema judicial e à luta contra a corrupção e o crime organizado e encorajou o país a intensificar os seus esforços para instaurar acções penais por crimes de guerra, a prosseguir a sua cooperação activa com o Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia e a facilitar o regresso de refugiados e de pessoas deslocadas, prestando especial atenção à situação dos retornados de etnia sérvia.
Está assim aberto o caminho para a assinatura do Tratado de Adesão a 8 de Dezembro e subsequente ratificação pelos 27 Estados-Membros. A adesão da Croácia está prevista para 1 de Julho de 2013.