O Deputado social-democrata recebeu uma carta que lhe foi dirigida por um estudante português que frequenta o 5º ano de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico e que concorreu ao Programa ERASMUS para frequentar o 2º semestre do corrente ano lectivo na Universidade Técnica da Dinamarca, em Lyngby. Para esse efeito, obteve uma bolsa de mobilidade, no valor total de 1230 Euros (cerca de 247 contos), valor este que inclui as despesas de deslocação.
Para Carlos Coelho, "atendendo ao facto de que a sua permanência na Dinamarca nunca será inferior a 5 meses e que o custo da viagem de avião é cerca de um terço do valor da bolsa acima mencionada, este estudante vê-se, assim, impossibilitado de realizar esta deslocação, a não ser que lhe possam vir a ser concedidos outros apoios financeiros adicionais".
Dirigindo-se à Comissão Europeia, Carlos Coelho afirma que, "tendo em conta que o Programa ERASMUS visa incentivar a mobilidade dos estudantes, permitindo-lhes realizar uma parte dos seus estudos num outro Estado-membro, desenvolvendo a dimensão europeia da educação e considerando que encorajar a mobilidade transnacional entre universidades contribui para uma maior transparência e para o reconhecimento das qualificações académicas e dos diplomas no interior da União" e pergunta se a Comissão "concorda que estes programas de mobilidade se destinem, no fundo, só aos filhos de famílias mais abastadas, ou será que a Comissão pensa poder vir a ter em consideração outras formas indirectas de apoio (como por exemplo: reduções dos preços das viagens, ajudas ao alojamento,etc.), que poderão ser complementares à bolsa ERASMUS".
Por outro lado, acrescenta Carlos Coelho "que medidas é que a Comissão pensa adoptar com vista a reforçar à escala europeia e nacional, a rede de aconselhamento em linha (helplines), a qual deverá auxiliar os estudantes em dificuldade e reduzir, tanto quanto possível, os obstáculos à sua mobilidade".