A Comissão Europeia lançou recentemente uma Comunicação subordinada ao tema da actividade baleeira, onde pretende concentrar as posições dos diferentes Estados Membros a este respeito. Com este documento, a Comissão Europeia pretende fazer o ponto de situação em relação à protecção das baleias ao nível comunitário e internacional, assumindo-se “como um interveniente importante na persecução de objectivos ligados à criação de um quadro regulamentar internacional eficaz para a protecção das baleias.”
Numa altura em que vieram a público algumas imagens chocantes relativamente ao abate de baleias nas Ilhas Faroé, território que pertence ao Reino da Dinamarca, tem lugar em Santiago do Chile a sexagésima reunião do IWC ( International Whaling Committee), organização internacional competente para a conservação e gestão das unidades populacionais de baleias.
Agora que a UE pretende adquirir o estatuto de pleno direito no seio desta organização, Carlos Coelho considera “imperativo que a UE exerça a sua influência política no sentido de garantir, quer em águas comunitárias, quer em águas internacionais, a prossecução de boas práticas em termos de preservação ecológica e respeito pelo bem estar animal.”
Incomodado com as notícias e imagens que vieram recentemente a público e que dão conta de práticas de “tortura e abate de baleias” nas ilhas Faroé, Carlos Coelho é da opinião que “a Comissão Europeia deverá intervir junto dos responsáveis políticos deste território, que, apesar de não pertencer à União Europeia, é parte integrante do Reino da Dinamarca, um dos 27 Estados Membros da União”
Carlos Coelho referiu que “a UE, ao pretender liderar o processo de protecção e preservação de cetáceos, alguns deles em perigo de extinção, não poderá ficar indiferente aos acontecimentos que vieram a lume nos últimos dias.”
O Eurodeputado afirmou ter recebido “inúmeras solicitações de cidadãos europeus, profundamente revoltados com a chacina de que são vítimas as baleias que cruzam as águas das Ilhas Faroé, no sentido de que o Parlamento Europeu tome uma posição junto da Comissão Europeia para colocar um ponto final a estas práticas criminosas”.
Carlos Coelho sublinhou ainda “a necessidade de o Parlamento Europeu intervir a este respeito na elaboração do seu relatório, actualmente em discussão na Comissão das Pescas deste Instituição.”
Com o fiel objectivo de “clarificar as águas” ensanguentadas por estas práticas, Carlos Coelho dirigiu uma questão escrita à Comissão Europeia onde exorta a tomada de uma posição firme nesta matéria”.