Carlos Coelho questiona Comissão Europeia sobre a Exclusão de alunos portugueses de acção do Programa Comenius

O Deputado Carlos Coelho dirigiu, hoje, à Comissão Europeia uma pergunta escrita prioritária sobre a mobilidade individual de alunos ao abrigo do Programa Comenius.

 

No dia 9 de Setembro de 2010 foi publicado no Jornal Oficial da UE um aviso de abertura de candidaturas para a acção para a mobilidade individual de alunos ao abrigo do Programa Comenius.

 

Carlos Coelho questionou a Comissão sobre "o porquê dos jovens portugueses e dos estabelecimentos de ensino portugueses não serem considerados candidatos elegíveis a esta acção da União sendo assim excluídos de todas as mais valias que o Programa traz na sua educação/formação e desenvolvimento de uma cidadania europeia activa".

 

A acção para a mobilidade individual dos alunos ao abrigo do programa Comenius permite aos alunos do ensino secundário passar entre três a dez meses num estabelecimento de ensino anfitrião e numa família anfitriã no estrangeiro. A mobilidade dos alunos é organizada pelos estabelecimentos de ensino envolvidos numa mesma parceria entre escolas ao abrigo do programa Comenius.

 

Este programa tem como objectivo sensibilizar os jovens e o pessoal docente para a diversidade e o valor das culturas e das línguas europeias e desenvolver o conhecimento das mesmas junto desses sectores e ao mesmo tempo ajudar os jovens a adquirir as aptidões e competências vitais de base, necessárias para o seu desenvolvimento pessoal, para a sua futura vida profissional e para uma cidadania europeia activa.

 

O Deputado social-democrata sublinhou que "para que o ensino e a formação europeia sejam uma referência mundial de qualidade é vital que se aposte na mobilidade, que se aposte nos intercâmbios e na cooperação entre as escolas e os alunos europeus" e recordou que "o Programa em questão permitiria que os jovens europeus promovessem as vertentes da cooperação, diálogo intercultural, intercâmbio de melhores práticas, aprendizagem de novas línguas, e um conjunto de competência vitais de base necessárias para o seu desenvolvimento pessoal e profissional."

 

"A porta de entrada não está aberta a todos e a chave "para o conhecimento" está na mão apenas da Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Espanha, França, Itália, Letónia, Listenstaine, Luxemburgo, Áustria, Finlândia, Polónia, Eslováquia, Eslovénia, Suécia e Noruega", apontou o social-democrata.