O Deputado do PSD Joaquim Piscarreta defendeu hoje, em Estrasburgo, que "o atum tornou-se num recurso pesqueiro de alto impacto comercial e socio-económico, ao ponto de registar recentemente fortes índices de crescimento. Falando em números, o atum representa mais de 60 da produção de conservas de peixe da UE, gerando cerca de 40.000 empregos directos. Liderada pela Espanha, a Itália, a França e Portugal, a frota atuneira europeia é a mais significativa ao nível mundial, responsável por mais de 20 das capturas totais. Trata-se de uma actividade industrial com tradições históricas".
Na sua intervenção no Plenário do Parlamento Europeu, Joaquim Piscarreta defendeu que este debate do PE "não tem por ambição senão exigir um balanço preciso e exaustivo da situação actual e delinear as perspectivas de futuro deste sector das pescas".
Joaquim Piscarreta sublinhou "dois problemas essenciais no sector da pesca do atum: a perda de competitividade da frota e da indústria comunitária frente às importações de países terceiros e a preservação e gestão sustentada dos recursos, referindo que a existência destas particularidades é recorrente e generalizada a quase todo tipo de pescas, não sendo um exclusivo do atum".
Defendendo que a "UE manifeste um inequívoco apoio à sua indústria" Joaquim Piscarreta apoiou "a elaboração de um Plano de Acção específico, assim como um Quadro de apoio estrutural ao sector do atum. Com este instrumento, acrescentou, a UE deverá exigir dos produtos oriundos de países terceiros os mesmos padrões sanitários, de qualidade e de segurança alimentar, exigidos aos produtos comunitários. No mesmo sentido, o Deputado social democrata defendeu mais uma vez, a intensificação das inspecções aos produtos em prol de um total cumprimento das normas de conservação".
Relativamente à preservação e gestão dos recursos haliêuticos, Joaquim Piscarreta sublinhou que " o atum apresenta a característica de ser uma espécie migratória, especialmente vulnerável à pesca ilegal em águas internacionais. Por isso, neste caso mais do que nunca, a UE deverá impedir a transferência de navios comunitários para países com pavilhão de conveniência. Da mesma forma, deverão ser melhor adaptadas as capacidades da frota pesqueira aos recursos disponíveis".