Por um lado não restringe a investigação e admite mesmo a aplicação limitada para fins experimentais de sementes OGM. Por outro, define regras mais claras e mais restritivas da libertação de OGM para o ambiente protegendo o consumidor e a biodiversidade, acrescentou".
Moreira da Silva destacou também o facto " de as licenças (de uso das sementes transgénicas) serem de duração limitada assim como o de se ter tornado obrigatório o controlo após a colocação no mercado.
No entanto, sublinhou, a revisão desta Directiva só estará completa quando a Comissão Europeia avançar com iniciativas legislativas que concretizem os princípios agora enunciados de responsabilização ambiental e de rotulagem e rastreabilidade dos produtos contendo OGM".
Para Jorge Moreira da Silva, "os últimos anos têm-nos oferecido um quadro absolutamente novo: a reconversão de empresas farmacêuticas em empresas de biotecnologia; a explosão do número de empresas de desenvolvimento de OGM -organismos geneticamente modificados; a atribuição de cada vez mais fundos, públicos e privados, de apoio à investigação no campo da genética; a corrida legal às patentes de sementes OGM e até às patentes de manipulação do genoma humano; a fusão e a cisão, a uma velocidade verdadeiramente estonteante, de empresas de biotecnologia; a publicitação da sequência do genoma humano e até, a emergência de novas fronteiras políticas e de um novo discurso sobre ética, agricultura, saúde pública, ambiente, fome e pobreza".
Em resumo, defendeu o Deputado social democrata, "a biotecnologia está a operar uma autêntica revolução na ciência, na economia e até na política. Uma revolução de esperança mas também de risco.
Por isso, os fundamentalismos do tipo - "sim porque sim" e "não porque não" - não nos levam a lado nenhum".