Política Comum de Pescas: Joaquim Piscarreta defende necessidade de estreitar laços entre a ciência e a indústria

O Deputado do PSD Joaquim Piscarreta denunciou hoje, em Estrasburgo, "as carências da assessoria científica da União Europeia em matéria de pescas, assim como a escassez dos recursos financeiros e humanos". Joaquim Piscarreta apoiou  "a necessidade de estreitar os laços entre a ciência e a indústria, dando um carácter mais pragmático aos resultados finais.  A investigação científica, acrescentou, tornou-se num instrumento fundamental na aplicação da Política Comum das Pescas servindo de base à gestão sustentável dos recursos".

Para o Deputado social democrata, "os limites que têm sido impostos à actividade piscatória na UE acarretam consequências sócio-económicas dramáticas.  Portugal tem sido particularmente vítima deste tipo de medidas, nomeadamente através da reorientação da actividade  e da destruição de grande parte da frota pesqueira nacional".

Joaquim Piscarreta referiu que "assiste diariamente, nos portos e lotas do Algarve, às consequências humanas das medidas de gestão das pescas", revoltando-o saber que "a Comissão Europeia continua na mesma direcção, sem sequer mandar fazer uma avaliação sócio-económica criteriosa das consequências da execução das suas medidas.

Convém por isso que este regime de excepção, dado o seu carácter irreversível, seja devidamente justificado em pareceres científicos rigorosos com uma alta fiabilidade da informação respeitante à evolução dos recursos".

Joaquim Piscarreta considerou que, "por falta de informação objectiva, os pareceres científicos actuais dão aso a interpretações dúbias pelos Estados-Membros, contrariando os efeitos das medidas de protecção dos recursos haliêuticos".