Na Sessão Plenária do Parlamento Europeu, a decorrer esta semana em Estrasburgo, o Deputado do PSD Silva Peneda na discussão sobre o Relatório Howitt relativo à Responsabilidade Social das Empresas
O Deputado do PSD começou por lembrar que "A função principal das empresas é criar riqueza. Mas uma empresa pode, em certas circunstâncias, ser mais do que uma espécie de estrutura mecânica capaz de simplesmente criar valor."
Na sua opinião "uma empresa pode também ser vista como uma comunidade onde vivem e se relacionam pessoas, que fazem da empresa o local de realização profissional e, muitas vezes até, de felicidade pessoal."
"As empresas bem sucedidas – as tais que são capazes de criar riqueza - são as que normalmente tem um bom nível de relacionamento com os seus colaboradores, clientes, fornecedores e com a comunidade onde se inserem."
Silva Peneda defendeu também que as empresas bem sucedidas "são as que adoptam critérios de transparência na sua relação com as autoridades e pautam a sua actuação na base de códigos de conduta e de ética, nalguns casos, com um altíssimo nível de exigência."
Para o Deputado Social-Democrata "quando a vida das empresas se prolonga no tempo podemos mesmo compará-las a seres vivos e, nesse caso, podemos encontrar casos de empresas que desenvolvem as suas actividades na base de uma personalidade forte, própria de uma cultura que souberam criar e desenvolver e que as identifica e as distingue das demais. Podemos dizer que são empresas com emoções e sentimentos."
"Neste caso estas empresas sentem que devem dedicar à comunidade algum esforço que está para além das suas funções tradicionais e, por isso, assumem uma responsabilidade acrescida a que podemos chamar responsabilidade social."
Silva Peneda lembrou no entanto que na sua opinião "a responsabilidade social das empresas não se decreta, nem se pode impor." (...)"A responsabilidade social de uma empresa tem de ser consequência de uma vontade assumida voluntariamente."
"A responsabilidade social de uma empresa nunca pode ser imposta, porque se assim fosse correr-se-ia o sério risco de reduzir o seu papel a um instrumento de relações públicas destinado a iludir ou obstruir a responsabilidade das empresas face aos problemas sociais e ambientais."
"Neste caso a responsabilidade social das empresas seria uma fraude porque não seria autêntica."