O Parlamento Europeu debateu, em sessão plenária, o impacto do discurso de ódio, do populismo e das notícias falsas nas redes sociais. Carlos Coelho interveio no debate de actualidade, defendendo que a amplitude do debate não deve levar a uma mistura de realidades que são distintas, mas referiu-se a cada um dos três temas em agenda.
Sobre o discurso de ódio (“hate speech”) afirmou que “não podemos tolerar discursos de ódio. Nem nesta casa, nem em qualquer fórum público, e isso incluiu, também, redes sociais. É necessário envolver e colocar em cooperação todos os actores. Estado, plataformas online, escolas, meios de comunicação tradicionais. Todos. Não se trata apenas de retirar o discurso de ódio que surge na praça pública mas sim, e primeiramente, evitar que ele surja. É importante educar para a tolerância, para o respeito pelos outros e pela diferença”.
No que respeita às notícias falsas (“fake news”), sublinhou que “não podemos ter medo de olhar para as notícias falsas também como uma arma de propaganda com implicações geopolíticas. E para tanto a União tem de ser forte e ter meios robustos para atacar o que, muitas vezes, são campanhas deliberadas de desinformação”.
No que respeita ao fenómeno do populismo, o Deputado português alertou para um “fenómeno extraordinariamente complexo, que cresce todos os dias. Temos de o combater mas também compreender a sua origem. Reduzir o populismo a discurso de ódio e notícias falsas pode ser também populismo”.
Concluiu, destacando que “combater estes fenómenos exige uma resposta eficaz, robusta e abrangente da União. O perigo que eles encerram para a Democracia e para a Liberdade é demasiado grave. Por isso se exige aos responsáveis políticos e aos cidadãos que não cedam ao facilitismo ou à cobardia”.
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